Minha história com o
origami começou ainda menina quando um senhor de cabelos brancos,
abordou a mim e meu irmão na rua onde morávamos no centro da cidade
do Recife e nos ofertou um tsuru que batia as asas feito em um papel
branco e nos ensinou a manuseá-lo. Não lembro de barquinhos nem de
flores de papel em minha infância, lembro desse tsuru que achei
encantador e me diverti com ele por dias. Depois a gente vai
aprendendo a fazer envelopes, copos e camisas de papel com os amigos,
mas foi só em 2002 que eu entrei no mundo dos diagramas. Um colega
do colégio, entediado com as aulas do 2° ano do ensino médio,
pegou um livro de origami que pertencia à mãe dele e começou a
levar às aulas. Esse livro passava de mão em mão, inclusive as
minhas. Aprendi o tsuru, cisne, caranguejo, entre outros bichos e eu
não podia ver um pedaço de papel que dobrava. Até então, meu
mundo “origamístico” era muito pequeno, o que mudou muito no ano
de 2005, quando fui a uma feira japonesa em um shopping da minha
cidade. Lá tinha um stande de origami com livros, papéis
importados, oficinas, origamis decorativos, kusudamas, origamis
minúsculos, um mundo novo à minha frente! Origami pode ser
presenteado e até vendido! Comprei vários papéis coreanos,
japoneses e nacionais e comecei a fazer pendantes de tsurus e
estrelas da sorte e comecei a ficar famosa com meus presentes de
origami. Com o acesso à internet mais facilitado, comecei pegar
diagramas na rede aprendi a dobrar kusudamas. Já estava com as
dobras mais exatas e origamis mais bonitos, daí comecei a vender à
amigos que queriam dar presentes originais a entes queridos.
Participei de feiras de artesanato e já fiz lembrancinhas para
casamentos e nascimentos. O origami não é só meu hobby, é um novo
mundo de possibilidades, é o que faz com que minha mente nunca fique
parada, sempre quero aprender algo novo, é o que faz com que eu
deixe munha marca pessoal nos presentes que dou. Eu amo fazer origami
e esse vai ser meu legado para as futuras gerações!